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Problemáticas da obra

Movimentos ambientalistas como o Instituto Verdeluz contestam a proposta da Nova Beira-Mar. “Esse aterramento é um crime ambiental com consequências graves ao ambiente marinho e à própria sociedade, efeitos ainda incalculáveis uma vez que nenhum estudo de impacto ambiental à fauna marinha foi realizado antes do início das obras - estudos de impacto biológico tanto da área aterrada como da jazida  de sedimento utilizada”, afirma Ícaro Ben Hur, 21, voluntário do Instituto Verdeluz.

Impacto ambiental

O estudante de oceanografia Ícaro Ben Hur, alerta sobre as consequências que a obra pode causar. “Os ambientes recifais são de extrema importância para diversos processos que, quando abalados, geram um efeito cascata, tanto no equilíbrio ambiental da área afetada e de áreas adjacentes, como também em atividades econômicas e sociais”, ele ainda ressalta que é possível haver uma erradicação parcial ou total da biodiversidade local, que consequentemente afeta também a pesca artesanal, além das espécies como tartarugas marinhas e o boto-cinza, patrimônio natural do município de Fortaleza.

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O Geógrafo, Pedro Tavares, também explica o prejuízo ambiental que o novo aterro causa. “O processo de dragagem para o aterro é um processo muito violento para o ecossistema local. O aterramento dos corais que existiam na área têm impacto direto no habitat de tartarugas, golfinhos e muitos outros animais que se alimentam e reproduzem na região”.

Luz Agnaldo, 31, trabalha na feirinha da Beira Mar há 12 anos, ele conta da dificuldade o que está enfrentando com a obra do novo aterro. “As vendas caíram, porque houve a mudança de local e a gente não conhece tão bem aqui [a feirinha da Beira-mar foi reposicionada do intervalo entre as ruas Visconde de Mauá e Oswaldo Cruz para o Aterro em frente ao Ideal Clube, entre as ruas Rui Barbosa e Carlos Vasconcelos] além de não ter sido divulgado. Lá tinha ponto mais comerciais, aqui a gente não ver nada”, ele relata que suas vendas diminuíram em mais de 50% por conta da obra.

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Apesar dos transtornos econômicos - dos comerciantes locais -  causados pela obra, a expectativa por melhorias e maior rendimento dá esperanças a Francisco Eudes, 50. Ele conta que 90% de suas vendas baixaram, mas espera que a obra, ao ser concluída, traga benefícios. “Depois que tudo estiver pronto a tendência é melhorar. A gente deseja que seja assim”. 

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